segunda-feira

Hospital do Trauma utiliza tecnologia ecologicamente correta na esterilização


Depois de nove anos, o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena põe novamente em operação a primeira esterilizadora Sterrad do Estado, com capacidade de 100 litros, para esterilizar materiais cirúrgicos. Além de ajudar o meio ambiente, pois a máquina utiliza tecnologias ecologicamente corretas, a unidade passará a economizar até R$ 7 mil por mês – antes, era uma empresa terceirizada que executava o mesmo serviço.
De acordo com o coordenador de enfermagem da Central de Material e Esterilização (CME) do Trauma, Rodrigo Rodrigues da Costa, enquanto as máquinas autoclaves a vapor demoram uma hora e meia para executar todo o processo de esterilização de material cirúrgico inoxidável (e não esterilizam materiais à base de silicone, PVC e outros), a Sterrad consome 55 minutos e ainda esteriliza instrumentais cirúrgicos de outros tipos de material.
A grande vantagem da esterilizadora, segundo o enfermeiro, é o ganho de tempo entre as cirurgias realizadas, pois se o material é esterilizado de maneira mais rápida, consequentemente, chega em tempo hábil às mãos dos profissionais que vão executar os procedimentos cirúrgicos.
Manutenção – Wladimyr de Alencar, gerente de distribuição da empresa que comercializa a Sterrad, destacou que a máquina foi adquirida no início de 2002 e funcionou por apenas seis meses. Quando precisou de manutenção, não foi providenciada. “Em dezembro do ano passado, a empresa enviou o material de manutenção, mas houve alguns problemas que inviabilizaram uma vez mais o seu funcionamento”, disse.
Segundo ele, a Sterrad, que hoje custa até R$ 450 mil, é ambicionada por qualquer unidade hospitalar do país. “Hospitais como o Sírio Libanês e o Albert Einstein, entre outros de renome nacional, utilizam essa mesma tecnologia para a esterilização”, destacou.
Selo Verde – Ao elencar os benefícios da máquina, Alencar disse que ela não utiliza água para processo de esterilização, tem baixo consumo de energia (equivalente ao consumo de uma TV), aumenta a longevidade do material cirúrgico e não libera resíduos pela rede de esgotos – fatores que a credenciaram a ter hoje o Selo Verde do Instituto Mais, que é uma instituição de direito privado sem fins lucrativos dedicada à pesquisa e à capacitação socioambiental.
As autoclaves a vapor, por sua vez, produzem alto consumo de água (até 28 litros de água em cada processo), alto consumo de energia (comparado ao chuveiro elétrico, no período de inverno), desgaste do material cirúrgico, pois as temperaturas chegam a atingir até 134°, e liberação de resíduos pela rede de esgotos.
Da Redação com Secom-PB

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